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terça-feira, 3 de maio de 2011

Clavicula Nox


Um dos símbolos principais da Dragon Rouge é a Clavicula Nox. Do latim clavicula noctis significa “chave da noite”.
O símbolo da Clavicula Nox é composto por um tridente dentro de um círculo. O tridente, símbolo de Poseidon, Shiva e também do demônio, simboliza o inconsciente, enquanto o círculo marca o consciente. Clavicula Nox significa o processo de transformar o inconsciente em consciente. O tridente representa os princípios masculinos, como Shiva e Lúcifer, e o círculo representa os princípios negros femininos como Kali e Lilith. Os seguidores da Dragon Rouge sentem que o símbolo é um dos sentidos psicológicos dos mitos de Atlântida, sendo que Thomas Karlssonafirma que ele estimula a força negra. A Clavicula Nox é tida pelos Draconianos com uma chave astral, que abre as portas para diversas experiências. Essas portas, segundo as crenças dos membros, são descobertas no nível cinco, Thagirion.
Cada loja Draconiana possui a Clavícula Nox em seu emblema individual.
"Clavicula Nox" é também uma música do Therion, banda afiliada a Dragon Rouge. A canção aparece em dois álbuns: Vovin (cantado por Sarah Jezebel Deva) e Crowning of Atlantis.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Secret of the Runes


Secret of the Runes é o décimo álbum de estúdio da banda sueca de metal sinfônico Therion, lançado a 8 de Outubro de 2001.
É o primeiro trabalho conceitual da banda, abordando exclusivamente como tema a mitologia nórdica.

Ginnungagap   Quando ainda não existia nem a Terra nem o mar e nem o ar, quando só existia a escuridão, já estava lá o “Pai”... Ao começar a criação, mesmo no centro do espaço abria-se Ginnunga ou Ginnungagap – terrível abismo sem fundo e sem luz, circundado por uma massa de vapor. Ao norte estava a Terra de Niflhein – o mundo de água e escuridão que se abria ao redor da eterna fonte de Hvergelmir...
Dessa fonte nasciam os 12 rios do Elivagar, as doze correntes que corriam até a borda do seu mundo, antes de encontrar-se com o muro de frio que gelava as suas águas, fazendo-o também cair no abismo central com um estrondo ensurdecedor, as águas escoavam abismo adentro, para muito longe de sua origem, onde em alguns pontos a água congelou, formando assim camadas sobrepostas de gelo que foram pouco a pouco preenchendo o abismo...

Midgård  " Do corpo de Ymir os irmãos (Odin, Vili e Vé) criaram o céu e a terra. Com seu crânio (outras versões: sua pele; ou de seus olhos de cor marrom) construíram a Midgard (a Terra, também chamado de o País do Meio ou Jardim Central). Seus músculos (carne) usaram para encher o Ginnungagap; seu sangue para criar os lagos e os oceanos; de seus ossos inquebráveis eles fizeram as montanhas; com o seu pelo, a vegetação; árvores eram feitas de seu cabelo e os dentes gigantes se tornaram rochas e pedras, também os desfiladeiros, sobre as quais colocaram as sobrancelhas do gigante, para fortificar a fronteira com o mar, construído com o sangue e o suor de Ymir.

ASGARD –  O céu dos deuses nórdicos ou o mesmo que o Olimpo da mitologia grega, significa “residência dos chefes”. Sua ligação com a Terra, a quem chamam de MIDGARD, se faz através do arco-íris BIFROST, o arco-íris mostrava a entrada de Asgard que era guardada por HEIMDALL (deus do arco-íris), contra os gigantes e monstros.

 Jotunheim – (País do Leste ou País do Gelo), a casa dos gigantes, onde começaram a dar vida a outra raça de gigantes do gelo, para continuar a renovada luta das forças opostas...

 Schwarzalbenheim – Na mitologia nórdica, os svartálfar ("elfos negros") ou dökkálfar ("elfos escuros") são seres sobrehumanos (vættir ou wights, em nórdico arcaico), que eram conhecidos como residentes do mundo subterrâneo de Svartalfheim. Assim como os trolls, são relacionados freqüentemente com os anões e sua moradia também pode se confundir com Nidavellir, no subsolo de Midgard, quase tão distante quanto Helheim.


Ljusalfheim  – Na mitologia nórdica, é o reino dos Elfos de Luz. Opõe-se aSvartalfheim, reino dos Elfos Negros. É regido por Frey, um dos Vanir.
É um mundo considerado sutil, habitado por fadas e outros seres etéreos.


Muspelheim – Ao sul deste caos estava a doce terra de Muspells ou Muspelsheim – país do fogo, o cálido lar do fogo elementar, cuja custódia estava encomendada ao gigante Surt ou Surtur – gigante do fogo que lá vivia.

Niflheim – é o reino do gelo e do frio na mitologia nórdica. Está localizada ao norte de Ginungagap e lá reside os anões e gigantes de gelo, em companhia dos que não morrem em batalhas (os guerreiros mortos em batalha vão para o Valhala). Niflheim é governada pela rainha do inferno(Helgardh), Hel, filha de Loki com uma gigante, sendo que a mesma foi pessoalmente apontada por Odin para esta posição. Metade do corpo de Hel é normal, enquanto que a outra metade se encontra apodrecida. Nilfheim é dividida em diversos níveis. Um destes níveis foi projetado para os heróis e deuses, onde Hel preside as festividades entre eles. Outro nível é reservado para as pessoas idosas, os doentes e aqueles que foram incapazes de morrer gloriosamente no meio da batalha e entrar no Valhala. O nível mais baixo de Nilfheim se assemelha a versão cristã do inferno, onde os maus são forçados a viver para sempre.
Em alguns trechos da mitologia nórdica é dito que as raízes mais profundas da árvore Yggdrasilestão enterradas nesta região. É também em Niflheim que reinam os Nibelungos

VANAHEIM – É a casa de Vanir. Localizada em Asgard, no mais alto nível do Universo.
VANIR – Na mitologia nórdica, Vanir é originalmente um grupo de deuses e deusas da natureza e fertilidade, os inimigos dos deuses guerreiros de Aesir. Eles eram considerados aqueles que traziam a saúde, juventude, fertilidade, sorte e vida, os mestres da magia. Vanir vive em Vanaheim.

Helheim  – (Helgardh)  ( também conhecido como HelHelheim ou Casa das Névoas, é um dos nove mundos da mitologia nórdica, o domicílio dos mortos, governada por Hel, cujo nome é compartilhado com o próprio lugar. Este mundo é amontoado com todos os espectros opacos e titirantes daqueles que morreram sem glória, doentes ou com idade avançada. Helgardh é o reino mais frio e baixo na ordem total do universo. Encontra-se abaixo da terceira raiz deYggdrasil, perto de Hvergelmir e de Nastrond. Helgardh foi construído sobre Niflheim, o mundo mais profundo da mitologia nórdica. Algumas fontes dizem que Helgardh conteria outros nove mundos, mundos esses equivalentes a um lado negativo dos nove mundos originais daYggdrasil.
Teoriza-se que foi em Helheim que Odin descobriu as runas enquanto estava enforcado, sacrificado a si mesmo, na Yggdrasil. Segundo é dito no Hávamál, parte da Edda Poética, ele 'olhou para baixo' quando as descobriu e recolheu. Por isso, Helheim seria um importante lugar iniciático.

sábado, 19 de março de 2011

Curiosidades

Therion é um grupo de metal sinfônico sueco fundado pelo principal compositor Christofer Johnsson em 1987. O Therion palavra, a partir do livro do Apocalipse, que significa "besta" em grego. No entanto, os membros da banda afirmaram que o nome é uma homenagem ao álbum To Mega Therion, Celtic Frost. 


Book do ApocalipseO livro do Apocalypse ou Apocalipse, de John (Reveleciòn de João) é o último livro da Novo Testamento. Este livro é considerado o único livro do Novo Testamento conteúdo meramente profética. OApocalypse é talvez o livro com mais sinais de toda a Bíblia, toda esta grande número de sinais tem complicado a interpretação ao longo da história, quando foi por este motivo muitas investigações. 


To Mega TherionTo Mega Therion (traduzido grande besta em grego) é o segundo álbum de estúdio da banda de metal extremo suíço, Celtic Frost, publicado em outubro de 1985. 
  (grego Το Μεγα Θηριον, A Grande Besta) foi o motto de Aleister Crowley no grau de Magus. O valor de To Mega Therion é 666 em isopsephia. Tanto o motto quanto seu valor se referem à profecia bíblica no apocalipse.



Celtic FrostCeltic Frost é uma banda de metal extremo de 1980, em Zurique, na Suíça. O grupo era ativo 1984-1993 e foi retomado em 2001. 



666 é o "último dos números místicos do sol. SVRTh , o espírito do Sol. Também OMMV SThN , Ommo Satan, a Trindade satânica de Tifão, Apófis e Besz, também ShM IHSh VH, o nome de Jesus."
666 foi escolhido por mim como meu símbolo por um lado pelas razões dadas na parte 1 (acima), e por outro pelas razões dadas no Apocalipse. Eu tomei a Besta como Leão (meu ascendente) e o Sol, 6, 666, o Senhor do Leão em que Babalon cavalga." (Aleister Crowley)



 Temas relacionados as musicas

As letras e as músicas do Therion lidar com diferentes temas: mitologia, magia, o ocultismo, ou as tradições mágicas e as escrituras dos tempos antigos. A maioria das letras são escritas por Thomas Karlsson, membro "não oficial" da banda, que também é o fundador da ordem mágica Dragon Rouge, do qual é membro Johnsson. Desde o seu início a banda sofreu muitas mudanças na formação para o problema de consumo de certos ex-membros e à criação de projetos de outro lado. 


Dragon Rouge(Dragão Vermelho), também conhecido como o Draconis Ordo et Adamantis Atri é uma ordem mágica fundada véspera do Ano Novo 1989 na Suécia, os seus membros a prática das artes e ajudá-lo a explorar oculto de magia negra. Possui mais de 500 membros no mundo inteiro. Há duas lojas na Suécia, uma na Itália, uma na Alemanha e uma na Polónia. E existem grupos ritual em outros países como Argentina, México e na República Checa. É incomum entre foco ordens mágicas no lado escuro da magia, seus únicos concorrentes são o Templo de Set ea Ordo Templi Orientis. Dragon Rouge explora o lado obscuro centrado em cinco principales.Además existem vários livros escritos na sua maioria em sueco que fala da filosofia que levam os seus membros.



quarta-feira, 16 de março de 2011

Biografia Therion

 







O Therion foi formado em 1987 na Suécia pelo músico Christofer Johnsson, vocalista, compositor e principal integrante. A combinação de Heavy Metal com elementos clássicos, sinfônicos e corais medievais, faz do Therion um dos maiores expoentes do Metal atual. A criatividade e ousadia na proposta musical, são mais significativas que o marketing, caso raro nos dias atuais.
Tudo teve início quando a banda ainda chamava-se Blitzkrieg, e no ano de 1989 lançou as demos Paroxysmal Holocaust com 600 cópias em cassete, e pouco depois Beyond The Darkest Veils Of Inner Wickedness. Nesta época, a banda arcou com os custos das gravações e das cópias. No ano seguinte, foi gravada e lançada a terceira demo intitulada Time Shall Tell. Neste período, vários nomes foram cogitados, porém Therion foi adotado definitivamente. Segundo Christofer, o nome Blitzkrieg já não era coerente com o estilo musical, já que a essa altura a banda fazia um som mais sofisticado.
Em 1991, o álbum Of Darkness… foi lançado pela Deaf Records, trazendo composições do período de 1987 a 1989. Assim, ainda estão presentes fortes influências do Death Metal anterior. Em dezembro o álbum Beyond Sanctorum foi gravado pela Active Records. Algumas faixas trazem um vocal feminino e um masculino “limpo”, além dos teclados mais presentes e elementos da música árabe.
O álbum Symphony Masses: Ho Drakon Ho Megas foi lançado em 1993 pela Megarock / Nuclear Blast. Desta vez, foram introduzidos elementos do Heavy Metal tradicional dos anos 80, além da influência clássica e industrial, e mantidas as adições árabes.
Em 1995 o Therion lançou o single Beauty in Black, que vendeu 12.000 cópias em toda a Europa e ratificando o sucesso, demonstrando que a legião de fãs se alastrava pelo continente. No mesmo ano, o álbum Lepaca Kliffoth inseriu uma orquestra sampler e dois solistas de ópera, além dos vocais mais melodiosos de Christofer Johnsson.
O álbum Theli lançado em 1996, consagra a banda como precursora de um novo estilo musical que ia além do Metal. As letras inspiradas em livros e vivências de Christofer, foram escritas muito tempo antes, mas a banda ainda não havia alcançado a maturidade necessária para que estas faixas fossem gravadas. Ainda em 1996, Siren of the Woods foi lançado e a música homônima é a primeira faixa a ser executada nas rádios européias. Por ser mais melodiosa que as anteriores, esta música despertou um interesse maior das gravadoras. Em 1997 o Therion lança A’ araq zaraq: Lucid Dreams, completando a primeira década da banda. Algumas faixas foram compostas paraTheli, mas não combinavam com a proposta do álbum. Ainda em A’ araq zaraq: Lucid Dreams, foram inclusas covers gravadas muito tempo antes.
A experiência bem sucedida de Siren of the Woods levou o Therion a lançar o single Eye of Shiva, que trazia quatro músicas especialmente gravadas para divulgação nas rádios. Por exemplo, a faixa Eye of Shiva traz duas versões, sendo uma delas editada para as rádios. A mesma versão da faixa The Rise of Sodom and Gomorrah foi usada no álbum Vovin que seria lançado meses depois. Desta forma, a banda tornou-se mais acessível, e Vovin ganhou grande repercussão.
Posterior ao Crowning of Atlantis, foi lançado o álbum Deggial em 2000, que demorou três meses para ser gravado. Neste álbum, Christofer introduziu também instrumentos de sopro e uma orquestra de tambores.
O décimo álbum intitulado Secret of the Runes foi lançado em 2001. Menos agressivo e mais melancólico que Deggial, este trabalho foi baseado no folclore nórdico. Os nove mundos que compõem o Yggrasil da mitologia, foram citados ao longo de nove faixas, além da simbologia ocultista das tradições nórdicas. A base musical desta obra é o clássico compositor alemão Richard Wagner, que também citava a mitologia dos povos saxões em suas músicas. A turnê de Secret of the Runes realizada no mesmo ano, passou pela Europa e América Latina. No Brasil, foram feitas apresentações em Curitiba, Porto Alegre e São Paulo.
No final de 2001, foi lançado Bells of Doom. Este álbum é uma coletânea de versões muito raras do início da carreira, gravadas especialmente para o fã-clube. Em 2002, gravam Live in Midgard, com os 24 maiores sucessos desde 1987. Este é o único ao vivo, gravado em Columbia, Budapeste e Hamburgo.
Depois de três longos anos de espera por parte dos fãs, o Therion lança mais uma obra-prima em maio de 2004, ou melhor duas: Lemuria e Sirius B. Vendido primeiramente como álbum duplo, novamente estoura em todo o mundo com a continuação do estilo que vinha seguindo desde Theli. O trabalho foi fruto de 9 meses em que 170 pessoas, entre músicos e cantores, participaram das gravações. Com guitarras distorcidas, orquestras sinfônicas e coros góticos, o Therion mantém sua hegemonia em relação às bandas que fazem a fusão do erudito com o Heavy Metal, mostrando o aperfeiçoamento cada vez maior de seu estilo.
Em 27 de agosto de 2004, a banda faz sua única apresentação no Brasil pela turnê do novo trabalho, embora já tivesse feito um show em 2001. Com um show de duas horas e meia, levam à loucura os paulistas no Directv Music Hall, esbanjando disposição com performances verdadeiramente épicas.
Em 2005, o Therion deu continuidade à divulgação de Lemúria e Sirius B. As turnês atravessavam a Europa e levavam uma multidão de expectadores. Em dezembro, a banda faz uma apresentação totalmente orquestrada na Romênia. No ano seguinte, entre julho e setembro, foram gravadas as músicas que comporiam o novo trabalho. Neste caso, os “novos trabalhos”.
Mais uma vez o Therion inova e lança, em janeiro de 2007, um álbum duplo. Gothic Kabbalahtraz oito faixas no primeiro CD e mais sete no segundo CD. Com a participação de vários músicos, estes discos mantêm a consagrada proposta musical: arranjos exuberantes inseridos numa imensa variedade sonora.
Ainda, é lançado o Celebrators of Becoming, um “digipack” com quatro DVD’s, contendo apresentações ao vivo e vários videoclipes; e mais dois CD’s também ao vivo. Sem dúvida, tanto oGothic Kabbalah quanto o Celebrators of Becoming são verdadeiros presentes para os fãs da banda.
Após vinte anos de carreira, o Therion já passou por várias mudanças, tanto entre os integrantes como na musicalidade. Mas a sofisticação e a inovação musical são características que se mantêm presentes em todo esse tempo.

O Therion foi formado em 1987 na Suécia pelo músico Christofer Johnsson, vocalista, compositor e principal integrante. A combinação de Heavy Metal com elementos clássicos, sinfônicos e corais medievais, faz do Therion um dos maiores expoentes do Metal atual. A criatividade e ousadia na proposta musical, são mais significativas que o marketing, caso raro nos dias atuais.
Tudo teve início quando a banda ainda chamava-se Blitzkrieg, e no ano de 1989 lançou as demos Paroxysmal Holocaust com 600 cópias em cassete, e pouco depois Beyond The Darkest Veils Of Inner Wickedness. Nesta época, a banda arcou com os custos das gravações e das cópias. No ano seguinte, foi gravada e lançada a terceira demo intitulada Time Shall Tell. Neste período, vários nomes foram cogitados, porém Therion foi adotado definitivamente. Segundo Christofer, o nome Blitzkrieg já não era coerente com o estilo musical, já que a essa altura a banda fazia um som mais sofisticado.
Em 1991, o álbum Of Darkness… foi lançado pela Deaf Records, trazendo composições do período de 1987 a 1989. Assim, ainda estão presentes fortes influências do Death Metal anterior. Em dezembro o álbum Beyond Sanctorum foi gravado pela Active Records. Algumas faixas trazem um vocal feminino e um masculino “limpo”, além dos teclados mais presentes e elementos da música árabe.
O álbum Symphony Masses: Ho Drakon Ho Megas foi lançado em 1993 pela Megarock / Nuclear Blast. Desta vez, foram introduzidos elementos do Heavy Metal tradicional dos anos 80, além da influência clássica e industrial, e mantidas as adições árabes.
Em 1995 o Therion lançou o single Beauty in Black, que vendeu 12.000 cópias em toda a Europa e ratificando o sucesso, demonstrando que a legião de fãs se alastrava pelo continente. No mesmo ano, o álbum Lepaca Kliffoth inseriu uma orquestra sampler e dois solistas de ópera, além dos vocais mais melodiosos de Christofer Johnsson.
O álbum Theli lançado em 1996, consagra a banda como precursora de um novo estilo musical que ia além do Metal. As letras inspiradas em livros e vivências de Christofer, foram escritas muito tempo antes, mas a banda ainda não havia alcançado a maturidade necessária para que estas faixas fossem gravadas. Ainda em 1996, Siren of the Woods foi lançado e a música homônima é a primeira faixa a ser executada nas rádios européias. Por ser mais melodiosa que as anteriores, esta música despertou um interesse maior das gravadoras. Em 1997 o Therion lança A’ araq zaraq: Lucid Dreams, completando a primeira década da banda. Algumas faixas foram compostas paraTheli, mas não combinavam com a proposta do álbum. Ainda em A’ araq zaraq: Lucid Dreams, foram inclusas covers gravadas muito tempo antes.
A experiência bem sucedida de Siren of the Woods levou o Therion a lançar o single Eye of Shiva, que trazia quatro músicas especialmente gravadas para divulgação nas rádios. Por exemplo, a faixa Eye of Shiva traz duas versões, sendo uma delas editada para as rádios. A mesma versão da faixa The Rise of Sodom and Gomorrah foi usada no álbum Vovin que seria lançado meses depois. Desta forma, a banda tornou-se mais acessível, e Vovin ganhou grande repercussão.
Posterior ao Crowning of Atlantis, foi lançado o álbum Deggial em 2000, que demorou três meses para ser gravado. Neste álbum, Christofer introduziu também instrumentos de sopro e uma orquestra de tambores.
O décimo álbum intitulado Secret of the Runes foi lançado em 2001. Menos agressivo e mais melancólico que Deggial, este trabalho foi baseado no folclore nórdico. Os nove mundos que compõem o Yggrasil da mitologia, foram citados ao longo de nove faixas, além da simbologia ocultista das tradições nórdicas. A base musical desta obra é o clássico compositor alemão Richard Wagner, que também citava a mitologia dos povos saxões em suas músicas. A turnê de Secret of the Runes realizada no mesmo ano, passou pela Europa e América Latina. No Brasil, foram feitas apresentações em Curitiba, Porto Alegre e São Paulo.
No final de 2001, foi lançado Bells of Doom. Este álbum é uma coletânea de versões muito raras do início da carreira, gravadas especialmente para o fã-clube. Em 2002, gravam Live in Midgard, com os 24 maiores sucessos desde 1987. Este é o único ao vivo, gravado em Columbia, Budapeste e Hamburgo.
Depois de três longos anos de espera por parte dos fãs, o Therion lança mais uma obra-prima em maio de 2004, ou melhor duas: Lemuria e Sirius B. Vendido primeiramente como álbum duplo, novamente estoura em todo o mundo com a continuação do estilo que vinha seguindo desde Theli. O trabalho foi fruto de 9 meses em que 170 pessoas, entre músicos e cantores, participaram das gravações. Com guitarras distorcidas, orquestras sinfônicas e coros góticos, o Therion mantém sua hegemonia em relação às bandas que fazem a fusão do erudito com o Heavy Metal, mostrando o aperfeiçoamento cada vez maior de seu estilo.
Em 27 de agosto de 2004, a banda faz sua única apresentação no Brasil pela turnê do novo trabalho, embora já tivesse feito um show em 2001. Com um show de duas horas e meia, levam à loucura os paulistas no Directv Music Hall, esbanjando disposição com performances verdadeiramente épicas.
Em 2005, o Therion deu continuidade à divulgação de Lemúria e Sirius B. As turnês atravessavam a Europa e levavam uma multidão de expectadores. Em dezembro, a banda faz uma apresentação totalmente orquestrada na Romênia. No ano seguinte, entre julho e setembro, foram gravadas as músicas que comporiam o novo trabalho. Neste caso, os “novos trabalhos”.
Mais uma vez o Therion inova e lança, em janeiro de 2007, um álbum duplo. Gothic Kabbalahtraz oito faixas no primeiro CD e mais sete no segundo CD. Com a participação de vários músicos, estes discos mantêm a consagrada proposta musical: arranjos exuberantes inseridos numa imensa variedade sonora.
Ainda, é lançado o Celebrators of Becoming, um “digipack” com quatro DVD’s, contendo apresentações ao vivo e vários videoclipes; e mais dois CD’s também ao vivo. Sem dúvida, tanto oGothic Kabbalah quanto o Celebrators of Becoming são verdadeiros presentes para os fãs da banda.
Em 2010 a banda lança seu décimo álbum Sitra Ahra. É o primeiro lançamento em estúdio desde o Gothic Kabbalah, em 2007. O titulo do álbum foi anunciado em 4 de fevereiro de 2010, A partir desse dia, o álbum estava nas fases finais da gravação. Este álbum é a ultima parte da quadrilogia composta por Deggial, Sirius B, Lemuria e Sitra Ahra
Após vinte anos de carreira, o Therion já passou por várias mudanças, tanto entre os integrantes como na musicalidade. Mas a sofisticação e a inovação musical são características que se mantêm presentes em todo esse tempo.

A banda de metal sinfônico Therion será transformado em um jogo de tabuleiro

THERION BOARD GAME '011'


"Paolo Vallerga, da famosa desenvolvedora de jogos Scribabs, chegou na banda no show de Milão ano passado com a grande idéia de fazer um jogo de tabuleiro baseado nos personagens de palco misturado com mitologia e na hora achamos que era a coisa mais legal que ouvimos nos últimos tempos e adoramos a idéia!
O nome do jogo é 011 e você joga com os membros da banda e vai encontrar eu, Thomas, Christian, Johan, Snowy, Katarina, Lori e Nalley como personagens ainda mais fantásticos do que somos na realidade!

Revelado o segredo das runas!


Entrevista: Júlio César Bocáter.  


Pouco antes da banda sueca Therion desembarcar para um bem sucedido show no Brasil, conversamos com o guitarrista e vocalista, além de líder da banda, Christoffer Johnsson. Confira essa exclusiva.



Fale nos um pouco sobre oconceito do novo álbum, Secrets of the Runes.
Christoffer Johnsson - É uma coisa simples, que envolve a arte que está na capa. As runas, cada uma significa um mundo, são 9 mundos, que estão dispostos dentro de uma “árvore”, o Yggdrasil. Temos 9 músicas, cada uma sobre um mundo com seus nomes, e temos a música Ginnungagap, que significa o espaço vazio onde o mundo foi criado, e temos o epílogo chamado Secret of the Runes, que é centro de todo o disco, as letras dessa música falam da criação dos 9 mundos.

Como você compara esse álbum com os anteriores, considerando a parte musical e as letras também?
Christoffer Johnsson
 - Em se tratando de letras, há uma grande diferença, estamos lidando com algumas coisas nórdicas, coisa que nunca fizemos antes; temos também palavras em alemão em algumas músicas. Na parte musical não há muita diferença dos últimos álbuns, mas mudamos a produção, está mais pesado, as guitarras estão com outros timbres, há mais distorção no baixo, se adequando bem ao tema do álbum. Temos também um pouco de folk music, desenvolvemos uma harmonia mais complicada.

Até que ponto elementos como magia e ocultismo estão relacionados com a música do Therion?
Christoffer Johnsson - Esses elementos inspiram as letras, às nossas músicas. Estão altamente relacionados.

A banda sempre foi considerada black metal sinfônico...
Christoffer Johnsson -
 (risos) Não, black metal não! A música black metal é bem diferente, bem rápida, e o vocal é agressivo. Não temos nenhum cantor black metal na banda. Quem diz que o Therion é uma banda de black metal, não sabe direito que estilo é esse. Venom e Bathory são bandas de black metal. Não tenho nada contra esse estilo, mas simplesmente não tem nada a ver com o que nós fazemos.

Então, como você definiria o som da banda?
Christoffer Johnsson - Não há uma palavra exata para definir claramente o som que o Therion faz. Trabalhamos com um  pouco de metal dos anos 80, metal dos anos 90, temos elementos de hard rock setentista, rock progressivo. Temos ópera, é tudo meio misturado. Hum...pode- se chamar de ópera metal. Eu não gosto muito dessas coisas de rótulos, essa história de “blá blá blá metal”.

O Therion já cantou em várias línguas, alemão, inglês, norueguês, e agora em sueco. Por que a mudança e o uso de tantas línguas?
Christoffer Johnsson - Algumas línguas às vezes estão relacionadas especificamente ao tema do álbum e das musicas. Quando lidamos com elementos cabalísticos, usamos hebraico e até egípcio arcaico. Agora, estamos trabalhando em cima de coisas nórdicas, e sueco é a linguagem mais importante da Escandinávia. O Alemão foi usado por causa da mitologia deles, tinha tudo a ver com o que estávamos fazendo.

Sabemos que o cd do Therion tem um coro com muitos músicos, e o uso de inúmeros instrumentos. Como serão as apresentações ao vivo por aqui?
Christoffer Johnsson - Não dá para trazer uma orquestra inteira, porque é tudo muito caro. Nós trazemos alguns cantores do coro com a gente, e a orquestra vem de uma máquina, um sampler, um tipo de um playback. Na banda, um músico toca mais de instrumento no disco, se formos reproduzir tudo isso idêntico ao vivo, nós iríamos usar uns 60 músicos e o preço do ingresso iria dobrar. Quase nenhuma banda poderia fazer isso, a não ser o Metallica, mas eles são milionários. E nossos ingressos devem ter um preço acessível para que todos possam assistir aos shows. É um trabalho pioneiro também, pois é a primeira vez que estamos indo para a America do Sul, quem sabe mais para frente, possamos pedir uma cota de patrocínio da gravadora maior, e conseguir trazer mais recursos assim como os shows da Europa.

E as músicas do show? Muita coisa nova, ou algumas dos primeiros discos também?
Christoffer Johnsson - Nós vamos tocar pelo menos uma música de cada álbum. Temos 10 discos, não dá para se fixar só no novo. De Secret of the Runes vamos tocar 4 músicas. Especialmente aí na América do Sul, os fãs gostam muito de black metal e metal pesado; aqui na Europa não tocamos nossas músicas velhas, ninguém quer ouvi-las. Tentamos mas não funcionou. Já na América, como no Brasil, as pessoas gostam de todos nossos álbuns. Faz tanto tempo que não tocamos essas músicas, algumas já fazem 8 anos, vai ser divertido tocá-las.

Há alguma banda na atualidade que desperta seu interesse?
Christoffer Johnsson - Eu escuto AcceptIron Maiden, bandas dos anos 80 que eu cresci ouvindo. Nesse disco não há nenhuma influencia  particular; apesar de ter muito metal nele. Não há nenhuma banda em especial que me influencia.

Um novo álbum do Therion sempre acaba superando o anterior. Qual é a fórmula para esse sucesso?
Christoffer Johnsson - Nós temos uma política na banda de lançar sempre um álbum melhor que outro. Para a minha pessoa, temos que ser honestos quando terminamos a gravação e nos dizer “esse álbum é realmente melhor que o outro?”. Se a resposta for “Sim”, então ele está pronto para ser lançado, do contrário, voltamos ao estúdio e fazemos tudo de novo. Tem bandas que fazem muitos discos bons, como o Iron Maiden, que é uma das minhas bandas favoritas. Eles fizeram vários discos legais, mas chegaram num ponto que os discos de tornaram ruins e enfadonhos como o No Prayer for the Dying, acho que eles perderam a inspiração. Eu não quero que isso aconteça com o Therion. Não me importo que o disco leve 10 anos para ser produzido, desde que seja bem feito.

Qual sua opinião sobre a reação dos EUA bombardeando o Afeganistão, que é a guerra de número 56 que os EUA entram, com cada míssil custando 1 milhão de dólares, sendo que o próprio EUA se opôs ao Brasil e aos países africanos para quebra da patente para diversos remédios, inclusive para a AIDS, vitimando milhões de pessoas ao redor do mundo?
Christoffer Johnsson - É horrível tanta gente inocente morrer, como aconteceu em Nova Iorque; mas tem pessoas morrendo no mundo inteiro. Se 10 mil pessoas morressem na África, talvez saísse uma notinha minúscula no jornal “10.000 pessoas negras morreram...”, e as pessoas virariam a página. Mas 10 mil pessoas brancas, americanos, o mundo pára. Se isso acontecesse no Brasil, não seria um estardalhaço tão grande, mas aconteceu nos Estados Unidos, que é um país rico, e aí todo mundo se comove. Eu não consigo suportar isso, me enoja. Se Israel não tivesse nenhum interesse econômico para os Estados Unidos, eles jamais iriam se importar com aquele povo. Isso tudo é muito cínico. Pessoas no Afeganistão podem morrer, isso é horrível. Pessoas no mundo inteiro podem morrer por causa de um orgulho em cima do história que você me contou sobre os medicamentos. Sei lá, não sei bem o que dizer, tudo isso me enoja.

Você acha que a “guerra” afetou a turnê? Muitos artistas andaram cancelando seus shows.
Christoffer Johnsson - Nossa, as pessoas estão com medo de voar! (risos) É mais seguro viajar de avião que de carro, eu não tenho medo, nem depois desses acontecimentos. É ridículo cancelar seus shows na Europa pelo que aconteceu nos Estados Unidos, ainda mais se você não é americano. Bandas lançaram álbuns e agora estão apavoradas pensando que suas turnês foram arruinadas, e eu digo “F***-se, nós vamos fazer a nossa turnê”. É uma coisa horrível, mas esse lance de se opor a um país por causa de medicamentos não provoca a morte de outros tantos??

Como é a cena metal na Suécia? Os suecos costumam dizer que a cena black metal é muito grande e que acabou engolindo os outros movimentos.
Christoffer Johnsson - 
Temos muitas bandas aqui, e a cena não é mesmo muito grande. Todo mundo aqui tem banda. Quando você faz um show, metade do público que te assiste também tem uma banda. Desde que começamos nos idos de 90, os problemas aqui na Suécia são os mesmos: as casas de show. Ou são clubes muito pequenos, ou são arenas; não há nada meio termo para bandas de médio porte. É muito difícil achar um lugar legal para tocar, fora a lei de álcool nos clubes, precisa ter 18 anos para comprar bebidas alcoolicas, e  a maioria dos fãs tem menos de 18. Os donos dos bares não querem abrir mão de vender bebidas, porque dá dinheiro. Tocar nos outros países da Europa e tão mais interessante, e fora dela também. Estivemos no Chile em 95, e também tocamos já no México, e os shows foram ótimos.

Tem alguém que é muito grande ai? Algum produtor, banda, empresário?
Christoffer Johnsson
 - Eu não faço muita idéia do que rola com as bandas daqui, não associo a cena metal às bandas daqui. Quando venho para casa depois de uma turnê, a última coisa que quero fazer é ir à bares de metal, só quero fugir de tudo isso. Gosto de passar muito tempo sozinho, pensando. Dark Funeral é uma banda grande, conheço algumas outras bandas, mas não tenho idéia de como estão no momento.

Você gostaria de deixar alguma mensagem para os fãs?
Christoffer Johnsson - Nós queríamos há muito tempo vir ao Brasil, uma das questões mais comuns no fórum do Therion era: “Quando o Therion vai vir ao Brasil?”. Estamos bem ansiosos em tocar aí, e esperamos ver um pouco do país também; é uma coisa que odeio, já estive em todos os lugares do mundo e não vi nada de lugar algum. Só vemos as casas de show! (risos). Será uma data muito especial para nós. Conhecemos o som do Angra e do Sepultura, e sabemos que o país é muito grande e que a Amazônia é o pulmão do mundo, além da caipirinha! Agora, queremos ver as paisagens também!